Fotografia
22/05/2007a L. e T., meus sobrinhos.
Contorno do céu. Dois rostos juntos. Um pequeno e outro pequeno-grande. Não há separação, nem desentendimento. Um sorri de malícia, outro se desespera de uma pseudo-orfandade.
Careço de tê-los. A imobilidade me cansa, esse quase não-pulsar.
A vida uma sucessão de coisas e eles ali olhando, não saem do lugar. Sinto que me olham de vez e me renovo, e percebo que projeto o pequenino olhar. Outro se esquiva, sempre. Nem parece que me atende.
Queria bater na porta desse retrato. Entrar e ser, sem mexer. Eles não respondem.